Brasil é bicampeão olímpico de futebol, em Tóquio

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Com dose extra de emoção, o Brasil venceu a Espanha por 2 a 1, na manhã deste sábado (7/08/2021), em Yokohama – Japão, garantindo o segundo ouro consecutivo do futebol masculino em Jogos Olímpicos.
O herói da final foi o atacante Malcom, que entrou na prorrogação, decidiu a partida. Com o resultado, o país somou seu sétimo ouro nos Jogos de Tóquio, igualando o desempenho no Rio, há cinco anos atrás.
Brasil e Espanha fizeram um duelo equilibrado e movimentado, desde o início. Aos 15 minutos do primeiro tempo, Diego Carlos salvou em cima da linha o que seria o gol espanhol. Aos 37, após checagem do VAR, foi assinalado pênalti do goleiro Unai Simón, numa saída atrapalhada do gol, atropelando Matheus Cunha. Mas, na cobrança… Richarlison chutou por cima do gol, longe da meta do goleiro, desperdiçando a chance de abrir o placar.
No entanto, não demorou para o Brasil conseguir enfim sair na frente. Já, nos acréscimos da primeira etapa, Daniel Alves salvou um cruzamento de Claudinho que sairia pela linha de fundo. A bola subiu e Matheus Cunha ganhou dos zagueiros espanhóis para dominar e chutar com precisão no canto esquerdo do goleiro, fazendo 1 a 0 para o Brasil.
Na volta para o segundo tempo, a Espanha recuperou o jogo de posse de bola, enquanto o Brasil passou a se focar no contra-ataque. Foi assim que Richarlison quase ampliou. Aos seis minutos, ele recebeu na área, driblou o zagueiro e chutou. O desvio do goleiro Simón foi o suficiente para a bola sair da trajetória das redes e encontrar o travessão.
A Espanha também parou no travessão por duas vezes, até marcar aos 16; Soler cruzou da direita e Oyarzabal, de primeira, finalizou longe do alcance do goleiro Santos, empatando o jogo: 1 X 1.
Daí em diante, a Espanha manteve a posse da bola, criando dificuldades para a seleção brasileira, mas sem conseguir transformar a vantagem em liderança no placar.
PRORROGAÇÃO
Na prorrogação, o técnico André Jardine substituiu Matheus Cunha por Malcom, uma substituição que se mostraria decisiva.
Recuperando o fôlego, o Brasil passou a dominar o jogo, utilizando principalmente o lado esquerdo, com o próprio Malcom e o lateral Guilherme Arana. O lance capital aconteceu aos quatro minutos do segundo tempo da prorrogação. Malcom recebeu um lançamento longo pela esquerda, passou pela marcação ao dominar a bola e saiu na cara do gol. Ele tocou na saída do goleiro para dar a vitória e o ouro ao Brasil, 2 X 1.
O gol representou a conclusão de uma história curiosa do atacante de 24 anos. Ele fez parte da lista inicial de Jardine, mas não foi liberado pelo seu clube, o Zenit, da Rússia, por ainda ter uma final a disputar com o time. Posteriormente, com a lesão e o corte de Douglas Augusto às vésperas da viagem para o Japão, ele acabou sendo reconvocado, agora já com a permissão do Zenit. Ele foi o último atleta a se apresentar à seleção para a Olimpíada.
Fonte: Agência Brasil.
Por Igor Santos – Repórter da TV Brasil – Rio de Janeiro
Edição: Wilson Barbosa – Jornal Cidades
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