O protesto contra o presidente Jair Bolsonaro (sem partido), na cidade de Recife- PE, acabou após repressão policial contra manifestantes.
Ao menos uma pessoa foi detida. O efetivo da Polícia Militar dispersou a multidão, que se concentrou na Avenida Guararapes, um dos principais corredores de trânsito do centro da capital pernambucana.
A Polícia Militar disparou bombas de efeito moral e atirou contra os participantes, que fugiram em meio à fumaça das bombas de efeito moral e dos disparos do que, segundo manifestantes, seriam balas de borracha.
Em Pernambuco, um decreto proíbe eventos públicos durante a pandemia, mesmo assim aconteceu esta manifestação, que foi abafada pela PM.
A vereadora Liana Cirne (PT) foi atingida nos olhos, por um spray.
Jogaram spray de pimenta nos meus olhos. Fui a uma unidade médica e estou bem. Não me arrependo de ter ido questionar a postura deles. Sou vereadora do Recife e fui eleita para isso mesmo”, disse a parlamentar.
Liana Cirne e sua equipe jurídica registram queixa em uma delegacia de região. Na confusão, uma pessoa, que não teve a identidade revelada, foi presa. Ela assinou um Termo Circunstanciado de Ocorrência e foi liberada.
Governador afasta comandante da ação.
Em sua conta no Twitter, o Governador de Pernambuco, Paulo Câmara (PSB), disse em vídeo que repudia “todo ato de violência de qualquer ordem ou origem”. “Determinei a imediata apuração de responsabilidades. A Corregedoria da Secretaria de Defesa Social já instaurou procedimento para investigar os fatos.
O oficial comandante da operação, além dos envolvidos na agressão à vereadora Liana Cirne, permanecerão afastados de suas funções enquanto durar a investigação”, disse Paulo Câmara.
“Sempre vamos defender o amplo diálogo, o entendimento e o fortalecimento das nossas instituições dentro da melhor tradição democrática de Pernambuco”, completou o Governador.
Recife ignorou recomendação do MP.
O ato que reuniu estudantes e políticos, foi uma resposta à escalada da covid-19 no Brasil, que já ultrapassou a marca das 450 mil vidas perdidas.
A realização do protesto na cidade ignorou decreto do governo estadual e a recomendação do MP (Ministério Público) de Pernambuco.
Na capital pernambucana, está em vigor um decreto que estabelece que “permanece vedada no Estado a realização de shows, festas, eventos sociais e corporativos de qualquer tipo, com ou sem comercialização de ingressos, em ambientes fechados ou abertos, públicos ou privados, inclusive em clubes sociais, hotéis, bares, restaurantes, faixa de areia e barracas de praia, independentemente do número de participantes.
Fonte: Oul – Por Ed Rodrigues
Edição: Wilson Barbosa – Jornal Cidades
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