Presidente do Conselho pede agilidade ao MP O presidente da Câmara Municipal de Goiatuba Luiz Humberto Pereira Júnior, “Beto do SUS”, (PV) e o vereador Márcio Cândido dos Santos (PSDB) foram denunciados pelo Conselho Municipal de Saúde, por receberem sem prestarem serviços à Secretaria Municipal de Saúde, onde eles são lotados como funcionários em cargo efetivo. De acordo com a denúncia feita pelo presidente do Conselho Ailton Américo de Oliveira, à Segunda Promotoria Pública, no dia 23 de agosto de 2018, os dois vereadores “Márcio e Beto do SUS”, não compareceram no trabalho no período de janeiro de 2017 a junho de 2018, mas receberam os salários, férias, horas extras, adicional noturno e repouso remunerado, com autorização do secretário de saúde. Segundo presidente do Conselho Municipal de Saúde Ailton Américo de Oliveira o fato ocorreu, assim que os servidores Luiz Humberto e Márcio Santos foram eleitos a vereadores. Ailton Américo ressaltou que o vereador Márcio Cândido “chegou ir trabalhar no Hospital na função de enfermeiro, até o início do mês de março de 2017, enquanto o vereador Luiz Pereira Júnior não voltou a trabalhar nenhum dia na sua função de motorista”, durante o período de janeiro 2017 a junho de 2018. O presidente do Conselho de Saúde Ailton Américo relata ainda, que ficou 09 (nove) dias com o seu pai internado no Hospital Municipal, mas durante esse período nunca viu nenhum dos servidores, nem o Márcio Cândido e nem Luiz Humberto trabalhando. Por isso, solicitou ao conselheiro Flávio Antônio para averiguar a veracidade dos fatos e constatou, de acordo com as provas verbais de alguns servidores do Hospital, que os vereadores não estavam indo trabalhar. Diante dos fatos, o Conselho Municipal de Saúde enviou ofício ao Secretário de Saúde Adecilde Dias Rocha, sobre contracheque, dossiê funcional dos servidores, que foi negado a princípio, mas depois que o presidente conversou com secretário, a documentação foi enviada ao Conselho Municipal de Saúde. Conselho cobra agilidade no processo Com quase um ano, após a denúncia feita ao Ministério Público e nada ter acontecido, o presidente do Conselho Municipal de Saúde Ailton Américo de Oliveira cobrou agilidade para conclusão do Processo de número 2018.00351264, protocolo 897, que se encontrava paralisado no MP desde 2018, à nova promotora Antonella da Cunha Paladino, que segundo presidente, ela se dispôs a dar agilidade e conclusão do processo. Promotoria diz que está investigando o caso Em entrevista à nossa reportagem, a Promotora Antonella da Cunha Paladino, que estava acompanhada do promotor Luís Carlos Garcia, disse que o caso está sendo investigado e que já intimou as testemunhas para serem ouvidas. E assim que essas testemunhas forem ouvidas, o processo segue para conclusão. Ela adiantou ainda, que se as denúncias feitas pelo Conselho de Saúde forem comprovadas, os dois vereadores envolvidos no processo serão julgados e podem sofrer as sanções da lei, que implica em devolução dos valores recebidos, multa e até perdas dos direitos políticos por improbidade administrativa. Enquanto o promotor Luís Carlos explicou que isso, pode causar também, uma implicação política, ou seja, eles podem ficar impedidos de participarem do processo eleitoral, como já aconteceu com outros políticos. Presidente nega as acusações e considera o processo como uma ação política. O presidente Luiz Humberto negou todas as acusações feitas pelo Conselho de Saúde e considerou as denúncias como um ato político. Ele afirma que durante os três primeiros meses de seu mandato, esteve no Hospital para cumprir horário de trabalho, mas não recebeu a escala. Depois disso, ele tirou férias e licença Prêmio que tinha direito. E posteriormente licenciou-se do cargo. O presidente disse também, que assinou todas as suas frequências e elas foram confirmadas pelo seu chefe superior de Trabalho.