A Austrália poderá manter suas fronteiras fechadas até o final de 2022, porque a nova onda de contágios por covid-19 no mundo põe por terra qualquer esperança de uma reabertura a curto prazo.
O anúncio foi feito hoje pelo ministro do Turismo, Dan Tehan. Pois, o aumento de casos na Índia mostra a necessidade de manter as restrições de fronteira para garantir o baixo nível de propagação do vírus na Austrália, alegou o ministro.
Desde 20 de março de 2020, a Austrália mantém controles drásticos nas fronteiras. É “muito difícil determinar” quando as fronteiras poderão ser reabertas, disse Tehan à Sky News. “A estimativa mais otimista seria em meados, ou no segundo semestre, do próximo ano”, disse ele.
Antes da pandemia, cerca de um milhão de viajantes entravam no país a cada mês para curtas estadas. Agora, são cerca de 7.000. Quem chega do exterior deve passar por uma quarentena de 14 dias em um hotel.
O primeiro-ministro australiano, Scott Morrison, anunciou, porém, que não prolongará a polêmica decisão de proibir o retorno de cidadãos australianos que voltarem da Índia. São cerca de 9.000 (nove mil) australianos, que estão bloqueados no país asiático.
Morrison ameaçou aplicar altas multas e até penas de prisão, para aqueles que não respeitarem a medida. “Esta medida, concebida de maneira provisória, vai expirar em 15 de maio”, disse o chefe de governo.
A recente abertura de uma “bolha aérea” com a Nova Zelândia tem tido dificuldades e foi suspensa entre as cidades afetadas pelo aumento do número de casos causados por falhas nos dispositivos de quarentena.
A vacinação avança lentamente: apenas 2,5 milhões de doses foram administradas em um país de 25 milhões de habitantes. Cada pessoa precisa de duas doses. A perspectiva de manter as fronteiras fechadas até o final de 2022 será um duro golpe para a indústria do turismo, que movimenta 33 bilhões de euros (US$ 40 bilhões) por ano.
“A esperança seria que pudéssemos criar mais algumas ‘bolhas aéreas’, mas estamos no meio de uma pandemia”, disse o funcionário. “Dependerá muito de como a pandemia mundial será administrada”, completou.
Fonte: Uol
Edição: Wilson Barbosa – Jornal Cidades
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